segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Não vi Pelé, mas vi Rogério Ceni. [2]

“Rogério Ceni é mito.” - Na frase o sujeito em questão, além de simples, é centenário, é milenar, é mítico.

“Todos têm goleiro. Só nós temos Rogério.” - Essa foi a frase emprestada e lida pelo presidente do São Paulo FC, Juvenal Juvêncio, na placa em que homenageava nosso capitão antes de mais um jogo histórico.


Quarta-feira, 7 de setembro de 2011. Feriado nacional. Feriado tricolor.

Foi em uma data como essa, em 1990, que Rogério Ceni chegava ao Tricolor do Morumbi. E exatos 21 anos depois, completaria mil jogos com a mais bela camisa de três cores do mundo.
O jogo seria às 16h contra o Atlético-MG no Morumbi.

E é claro que eu tinha de estar lá. Por infelicidade do destino já havia perdido um jogo histórico esse ano. Perdi o jogo em que Rogério marcou seu 100º gol. O jogo que o fez se tornar um M1t00.

E no dia da independência do Brasil, Rogério atingiria mais uma marca histórica. Uma marca que só foi alcançada por apenas dois jogadores aqui no país. Roberto Dinamite, maior ídolo da história do Vasco da Gama e Pelé, maior ídolo da história do Santos. Não sei se é audácia dizer que Rogério Ceni é o maior ídolo da história do São Paulo. Mas dos que vi jogar, com certeza é. Rogério tem mais tempo de São Paulo que eu de vida. E sempre honrou a camisa que vestiu. A partir dessa data, um M1t000.

E é claro que eu tinha de presenciar esse momento histórico. Como ouvi um pai dizer a seu filho que estava ao meu lado nas cadeiras do estádio: “Esse é um jogo que você poderá contar pra todo mundo que esteve presente. Guarde o ingresso”.
Chamei alguns amigos para irem comigo. Bem, acabei indo sozinho mesmo. E os amigos que queriam ir não conseguiram comprar os ingressos que se esgotaram mais que rapidamente.
Por muita sorte, quase que teimosia, consegui comprar um dia antes da partida no próprio Morumbi. Havia lido no twitter oficial do São Paulo que todos os ingressos haviam se esgotado. Mas meu coração teimoso insistiu que eu fosse. E deu certo dessa vez.

Estádio lotado. Clima de Libertadores. Trilha sonora escolhida a dedo pelo Mito. Que entrou em campo ao som de Hells Bells do AC/DC como sempre. Mil crianças uniformizadas com o manto tricolor deram as mãos ao redor do campo e soltaram balões tricolores em direção ao céu. Lindo, sem mais. Torcida se recusando a sair do estádio e cantando o hino tricolor em uníssono ao final do jogo.

Era um jogo histórico para Rogério Ceni. Era uma data histórica para o São Paulo Futebol Clube. Era um dia histórico para os 60 mil tricolores no estádio.

E dessa vez, sim, posso estufar o peito e dizer: Eu estive lá.

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