domingo, 25 de setembro de 2011

Jogos Escolares 2011 - Teatro Alcinense.

Quinta-feira, 25 de agosto de 2011.

Estava eu dentro do ônibus Circular Gerty, como em quase todas as outras quinta-feiras desse ano, indo em direção a oficina de teatro lá no bairro Barcelona. De repente meu celular toca. Voz de menina, provavelmente era alguma vendedora do Santander. Mas nem era, era a Rebeca (ela mesmo, a Rebeca do até agora 3º post mais lido desse blog).
Rebeca disse que o Alcina iria se apresentar na modalidade do teatro dos Jogos Escolares na segunda-feira seguinte e que havia pensado que eu seria a pessoa ideal pra ajudá-los a montar a peça naquele momento, já que eles estão sem professor de teatro (alô Auricchio, aquele abraço). Como estava ocupado naquele dia, tive de recusar. Ela entendeu e desligamos o telefone.
Bem, até aí tudo bem. Não fosse o remorso desesperador de deixar meus colegas de ex-teatro alcinense na mão que se abateu sobre mim poucos minutos depois.
É... não resisti. Liguei pra Rebeca e disse que iria ajudá-los. Faltei na oficina (afinal eu estaria sendo bem mais útil em outro lugar naquele momento). Curioso foi eu descer do ônibus no ponto final pra pegar outro ônibus na direção contrária (o Barcelona Circular, no caso).

Cheguei na porta do Alcina e liguei pra Rebeca vir me buscar (já que sou tímido e estava com medo de ser barrado por alguém). Reencontrei pessoas queridas nesse primeiro dia. Boa sensação estranha de reviver o passado depois do fim.
Iniciamos a discussão de algumas ideias “Sobre o amanhã”.
Só lamento pela forma como as escolhas dos alunos que iriam apresentar, por parte da escola, foram realizadas. Muitas injustiças foram cometidas e muita gente boa ficou de fora. E vice-versa. Mas tudo bem, era o que tínhamos pra janta.

No segundo dia também faltei a compromissos que tinha para ir ajudar os colegas no Alcina.
Dessa vez não precisei do remorso pra decidir onde passar a minha tarde.
Já no teatro alcinense encontrei a Milena (pela segunda vez no ano) que não tinha ido no dia anterior.
Foi o dia menos produtivo em termos de grupo. Mas foi quando iniciamos a escrita das falas da apresentação. E foi quando tive orgulho de ter a Rebeca como protagonista do 3º post mais acessado desse blog.
Simplesmente ela é voluntária de tudo e mais um pouco naquela escola. Ajuda na música, ajuda na dança, ajuda no teatro, e sem fronteiras de ensino fundamental ou médio.

Ao fim do dia resolvi fazer algo que não fazia há muito tempo: comer no bar da tia da esquina. Sozinho, eu e minha circunstância. Aproveitar cada momento, observar as pessoas e lembrar de pessoas.
E, cara, que lanche delicioso. Fiquei com uma vontade incrível de elogiar a tia. Bem... mas lembre-se que sou tímido né. É o tipo de coisa bem simples pra maioria que é bem difícil pra mim. Se bem que a maioria das pessoas também não exitaria em criticar alguém, mas se fosse pra elogiar... vish.
Enfim, respirei fundo e elogiei a tia: “Lanche muito bom, parabéns”. E que sorriso foi aquele que recebi de volta. Será que toda essa cena foi realmente uma tempestade em copo d' água como eu pensei? Vai saber.

Ao terceiro dia, na sexta-feira, cheguei no Alcina por volta do fim da manhã. No caminho encontrei as costas da Luiza. Só que não reconheci que as costas eram da Luiza, então passei reto. Só dei meia volta quando ela me chamou. Começar o dia com um papelão desses: essa é a minha vida, esse é o meu clube.

Demoramos muito pra iniciarmos o trabalho de fato. Precisou o Igor dar uns gritos lampejantes de liderança para a coisa começar. Aliás, essa foi a melhor coisa que poderia ser feita naquele dia disperso.

A apresentação estava ficando interessante. Só precisávamos de muito mais ensaios. Mas não tínhamos tempo hábil para isso.
Maioria do elenco foi embora naquele dia e ficamos só eu, Milena, Marcela e Felipe ajudando em outros detalhes da peça. Cenário etc. Rebeca acima de tudo isso e ensaiando as meninas do fundamental para o teatro. Só as meninas porque o único menino da apresentação foi proibido pela mãe de participar justamente por ser o único menino daquele grupo. Em que ano estamos mesmo?
Curiosidade: o menino acabou participando indiretamente da nossa apresentação na forma de um depoimento gravado no dia anterior pela Rebeca.

No fim de semana, além da ansiedade, apenas o fato de meu gravador de cd ter quebrado bem na hora errada e eu ter de pagar uma fortuna absurda pra gravar o áudio do depoimento do menino em uma lan house.


Segunda-feira, 29 de agosto de 2011.

Apesar das correrias e da logística toda, a apresentação (pelo menos pra mim) foi impecável. Iríamos ganhar, com certeza.

Infelizmente os jurados não pensaram dessa forma e acabaram dando o 2ª lugar para a E.M.E. Profª Alcina Dantas Feijão.
Mas éramos campeões morais (na verdade eles, pois eu só estava ajudando no áudio e dando palpites): sem professor de teatro, sem tempo hábil de ensaio e muito provavelmente perdendo pontos pela ausência de dois alunos inscritos na apresentação.
Ser vencedor está muito além de títulos, creio eu. E nesse caso, a afirmação é muito bem válida e bem-vinda.

Parabéns, teatro alcinense!



Ah, escrevi esse texto em 25 de setembro de 2011, exatamente um mês depois do início dos fatos descritos nele. Pelo visto, além de tímido, sou um cara bem preguiçoso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário