Dia Mundial do Rock.

Ser rock é vestir-se de preto, usar vestimentas e recortes de cabelo subversivos.
Particularmente eu acredito que ser rock não é nada disso, mas provavelmente também é tudo isso, ao mesmo tempo.

Ser rock é sentir ecoar no fundo da alma toda a energia explosiva característica desse gênero musical, é descontar todo o estresse do dia-a-dia em meio a baquetas e palhetas. Ser rock é gritar bem alto com os amigos aquele refrão inesquecível daquela banda igualmente inesquecível, é dar um passeio no céu enquanto um solo de guitarra é executado.

Ser rock não é necessariamente ignorar outros estilos. Eu mesmo ouço de tudo um pouco. Mas inegavelmente o rock n’ roll sempre foi meu gênero favorito. Nenhum outro estilo arrepiou tantas vezes minha espinha.

Lembro que minha primeira banda favorita foi o Aerosmith. Conheci-os graças à trilha sonora do filme Armageddon. Naquela época era mais difícil de assistir aos clipes de sua banda favorita. Lembro até de sempre deixar meu falecido vídeo cassete no gatilho para gravar caso um clipe interessante pintasse na MTV.
Falando em MTV, lembro de que jamais perdia ao Videoclash apresentado pela Didi. Aliás, graças a esse programa conheci (e me apaixonei) pela minha segunda banda favorita: o Guns n’ Roses. Por um bom tempo eu me confundi achando que November Rain era aquela música que trilhava o filme Armageddon. Quando descobri a verdade já era tarde demais: estava apaixonado por ambas as bandas. Meus primeiros CD’s (piratas) foram justamente desses dois grupos. Tudo por acaso, mas que se fosse nesses tempos de fácil acesso a clipes por Youtube talvez não ocorresse. Ou talvez sim, vai saber...

Recordo-me de que minha primeira camiseta de rock foi uma do Nirvana. Era pra ser do Pink Floyd, mas uma menina que eu gostava influenciou na escolha.
Ter uma camisa de rock é muito mais que ter uma camisa que esquenta em demasiado em dias de calor. Ter uma camisa de rock é expressar ao mundo que tipo de vibrações musicais mexem com você. Apesar do preconceito de algumas pessoas, perdi a conta de quantos amigos e amores (mesmo que temporários, como um bom solo de guitarra) essas camisas me proporcionaram. Parece exagero, mas não é. Se você tem uma camisa estampada de uma banda de rock, deve saber do que estou falando...

O primeiro grande show que eu fui foi curiosamente um do Aerosmith. Muito foda. Muito foda por ser primeiro show, muito foda por ser Aerosmith. Só não entendo porque algumas pessoas preferem assistir ao show através da lente de uma câmera ao invés de sentir na pele toda aquela emoção vinda diretamente do palco. Mas por um lado é bom: é graças a essas pessoas que os bons apreciadores do rock podem compartilhar uma pequena parte daquela emoção em frente a uma tela de computador, no conforto de sua casa. Antigamente não era assim, eu acho. Antigamente não existia pista vip também. Antigamente era super romântico chegar horas e horas antes para sentir a vibração de seu artista favorito de perto. Hoje em dia, trocaram o esforço físico por mais um montante de dinheiro.

Mas hoje é o Dia Mundial do Rock. Minhas felicitações a todos aqueles que um dia já sonharam (ou ainda sonham como eu) em ser um astro do rock. Porque, afinal, todo bom roqueiro que se preze sonha em ser um rockstar.

E todo sonhador merece meu respeito.

It’s time to rock!
lml