Há uma senhora que sempre, por volta das 16 horas, está pedindo dinheiro no ponto de ônibus perto da minha faculdade. Já vi ela pedindo dinheiro ali tantas e tantas vezes que nem sinto mais dó. Não que eu seja um ogro ou coisa do tipo, mas acho que criou-se um certo acomodamento. Se ela passa por lá sempre às 16h é porque aquilo virou rotina. Posso estar falando besteira, mas é o que eu sinto nesse caso.
Eu nunca contribuo com pedintes, mesmo tendo uma raiva mortífera contra essa situação.
Só dou meu dinheiro se a pessoa demonstrar algo criativo. Acredito que em momentos de necessidade o homem cresce a partir da criatividade. Hoje mesmo comprei uns chocolatinhos de um vendedor que distribuia exatos três chocolates para cada passageiro abrindo um sorriso. Depois explicava o porquê de estar fazendo aquilo e em seguida pedia desculpas por estar "incomodando" os passageiros (além disso, o chocolate não tinha preço, era pra pagar o quanto achássemos justo). E eu, que tinha recusado os chocolatinhos inicialmente, decidi ajudar aquele moço que com certeza não estava visando ao lucro.
E não é que os chocolates estavam bons?
http://super.abril.com.br/cotidiano/lado-bom-pobreza-628886.shtml
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