domingo, 20 de maio de 2012

Animals.

Sábado, 21 de abril de 2012.

Além de ser sábado era também feriado de Tiradentes. Mas ao que tudo indicava, eu não iria dormir até mais tarde nesse dia. O motivo? Durante a semana me ligaram do Centro de Zoonoses me convidando para participar como voluntário da Feira de Adoção de Animais que iria acontecer nesse dia. Se fosse um sábado qualquer (onde eu tivesse aula na Fundação) não daria pra eu ir. Mas nesse sábado era feriado, então eu não teria aula. Aceitei.

Não era a primeira vez que eu via aqueles animais enjaulados com aquelas caras tristes naquele lugar. Mas isso não impediu algumas lágrimas de caírem do meu rosto – talvez porque eu estivesse sozinho. Talvez.

Não sei se faz muito sentido um voluntário ficar chorando o leite derramado. É preciso ser forte para poder ajudar de fato. Foi o que tentei fazer a partir de então. Infelizmente minha inexperiência me atrapalhou um pouco.

Poucos animais foram adotados. Nem mesmo os filhotes chamaram muita atenção. Um grande problema nessa situação é que os bichos devem ser adotados com responsabilidade, então não adiantava tentar emocionar ou convencer com lábias as pessoas que ali circulavam.

Fiquei lá das 10 da manhã até quase 4 horas da tarde. Meu almoço foi um salgado qualquer na padaria ali perto já que os lanches dos voluntários não foram entregues justamente nesse dia – talvez por ser feriado. Talvez.

Se um zoológico parece uma prisão de animais, aquele lugar parecia um mistura de tudo. Orfanato (para os filhotes), asilo (para os mais velhinhos), e até hospício (para os cachorros que latem por qualquer coisa). Esses últimos dificilmente serão adotados. É triste, mas às vezes é melhor para eles estarem ali mesmo do que estarem na rua correndo perigo. Mesmo assim é triste.

Confesso não ser um defensor assíduo da causa animal. Estaria sendo hipócrita ao afirmar isso. Apenas simpatizo e admiro quem defende a causa.

Mas isso não impediu desse dia se tornar uma experiência interessante na minha vida que valorizou ainda mais o abraço que dei na minha cachorra quando retornei para casa.



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