quarta-feira, 9 de março de 2011

Adeus, doce abelha.

Era um sábado chuvoso e estava indo de encontro àquela pessoa que representava todos os meus sonhos e ambições do passado. Uma viagem de volta no tempo em pleno tempo chuvoso. Sábado, 5 de março de 2011.

Tudo começou no dia anterior, com uma pergunta ingênua de minha parte via MSN: “você vai ao jogo do Tricolor amanhã?”. Sem respostas de imediato, saí, e voltei somente horas depois. Ao entrar, uma mensagem offline: “onde?”. Como ela estava off, deixei pra lá, não adiantaria responder. Meia hora depois um “vamos?” apareceu na minha frente. “Sei lá, vamos” foi o que respondi.

Ela ficou de me ligar, ainda naquele dia, para dizer se ia viajar ou não. Não ligou, pensei que tinha ido viajar. Logo, não iríamos ao jogo juntos.

No dia seguinte, já estava combinando com o Gabriel de ver o jogo com ele quando, de repente, um número 3565... me liga. Atendi, era ela. Disse-me que só ia viajar à noite daquele dia e portanto iria ao jogo comigo.

Como o Gabriel tem tretas com a Deborah, tivemos de dar nossos pulos pro (corinthiano) Eliezer ir também.

Ao revê-la, nada desses sentimentos de o coração acelerar e etc. Aparentemente, ela era apenas uma amiga que eu não via há muito tempo e era assim mesmo que eu queria me sentir.
Como o estádio estava quase que lotado, era meio que impossível encontrar meus amigos Gabriel e Eliezer ali. E pra ser sincero, eu não queria encontrá-los. Não havia problema em dar dedicação exclusiva àquela amiga que não via há tempos.
Mas, de fato, coloquei algumas ideias na minha cabeça: não iria dar em cima dela, não iria reagir a qualquer suposta investida dela e, independente do que acontecesse, não iria ficar com ela.
Foram ideias meio dramáticas e exageradas a princípio mas que, durante nossas conversas e fotos durante a partida, foram ganhando sentido.
Eu realmente fiquei feliz por tê-la revisto, por ter sentido aquela sensação de viver o passado mais uma vez. Mas eu estava determinado que iria ficar por isso mesmo.
Ao final de tudo, uma despedida, um abraço. E fui esperar por meus amigos na Visconde.
Acontece que aquela felicidade momentânea foi se tornando uma profunda reflexão. E, aos poucos, foi ganhando requintes de tristeza.

Tô me guardando pra quando o carnaval passar.

Um pouco mais de noite decidimos ir até o carnaval de São Caetano na Av. Guido Aliberti. E estava uma merda. Só havia manos de aba reta e meninas do funk. Nada contra, mas toda essa atmosfera de luxúria e curtição nunca foi minha praia. Ainda mais porque estava super pensativo naquela noite. Aliás, não sei o que comemoram no carnaval e muito menos sei da onde surgiu a porra toda. Carnaval pra mim só serve pra ouvir as músicas tristes sobre ele. Chico Buarque, Engenheiros do Hawaii e Los Hermanos são meus parceiros nessa história.
Fomos embora. Mas toda a experiência do dia serviu pra eu refletir bem sobre muitos aspectos e é bem capaz que eu tenha encontrado soluções e caminhos a seguir.
Vamos ver se funcionará.



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