Dia 14/2/2011, segunda-feira blues. Um dia estranho, um dia curioso.
Estava até então "brigado" com a Luana. Entre aspas porque não tínhamos motivos reais para estarmos realmente brigados, havia apenas uma chateação forte decorrente de atitudes passadas de ambas as partes.
Porém, dia 14 era dia da segunda reunião do CRB. E há tempos atrás havia meio que prometido que levaria a Luana nessa reunião.
Mas e aí? Obedecer ao meu eu do presente e continuar na inércia de não falar com ela ou quebrar esse paradigma ao ouvir meu eu do passado e levá-la junto comigo? Foi uma questão bem difícil de responder graças a meu orgulho deliciosamente acéfalo.
O começo do dia foi bem tranquilo, ganhei até uma pitaia que a Flávia trouxe de Socorro. *--*
Depois, na janela vaga entre as aulas, me isolei pra ouvir o álbum The Dark Side of the Moon do Pink Floyd no meu mp3. Adormeci. Antes do final da música Eclipse, já havia reacordado. Fui comprar créditos para o celular mas antes fiquei um pouco sentado na praça observando as pessoas.
Ao voltar a faculdade pra almoçar (e pra fazer as pazes com a Luana) ainda estava ouvindo Pink Floyd. Era a vez de Echoes e Careful That Axe, Eugene; músicas que naturalmente nos dão um mal estar. Mas era bom ficar tenso pra me concentrar em meu objetivo. E mais uma vez pus o The Dark Side of the Moon para ouvir. Já na música Time talvez um presságio: 'the time is gone, the song is over'. E de fato, meu plano de ir falar com ela (a sós) quando ela fosse esvaziar o prato na lixeira foi por água abaixo quando ela fez isso com o resto do grupo. Logo em seguida, foram tirar xerox em algum lugar away dali.
Bem, o dia não havia acabado. Iria ter alguma ideia brilhante pra resolver aquilo. Mas, por enquanto, só resolvi ir jogar bola com os colegas de faculdade lá na quadra. Não foi tão humilhante quanto eu pensava que iria ser mas eu suei bastante.
Às 14 horas eu tinha aula de Relações Internacionais e Globalização. E 14h haviam chegado e eu fui pra aula todo suado. E justamente a aula seria na única sala sem ventilador, com o professor mais chato e com a matéria que eu iria trancar. Ou seja, antes que eu morresse de calor na sala, fui embora para o laboratório de informática com ar-condicionado. E foi lá que eu tive a ideia de mandar uma sms pra Deyse pedindo pra ela avisar pra Luana que eu tinha algo a falar com ela. O local era bom, sem ninguém pra fofocar sobre nós. Mas, claro, fiquei adiando pra sempre pra mandar aquela sms. Uma mistura de medo e orgulho me atrasou. Uma hora, quando distraí a mim mesmo, mandei a mensagem. Era só aguardar. E a cada pessoa que entrava no laboratório aquele frio na barriga. Tanta gente entrou que quando ela realmente apareceu eu nem estava tão tenso.
Pedi pra ela sentar na cadeira do lado. Perguntei se estávamos brigados, ela disse que não sabia. Perguntei se ela iria na reunião comigo, ela disse que não por motivos familiares. Insisti, disse que um dia no futuro ela poderia olhar pra trás e se arrepender, e ela acabou concordando em ir. Estava tudo bem, ela leria o livro do Plínio nas horas que restavam até a reunião.
Depois que ela voltou pra aula dela, liguei pro Sergio Rossi, um dos mentores do grupo. (Enquanto isso a Deyse entrava no msn direto de sua casa, ou seja, ela havia avisado a Luana por sms também e não na própria aula como eu havia planejado). E para minha surpresa a reunião havia sido cancelada pois o genro do Waldemar havia acabado de infartar e todos estavam sem condições de se reunir para discutir política. Logo depois, recebi e-mail do próprio Waldemar confirmando a notícia.
Mas pense: se o cara tivesse infartado um pouco mais cedo, eu teria sabido do cancelamento da reunião antes de ser "obrigado" a fazer as pazes com a Luana. Que engraçado o destino...
De noite, ao conversar com a Deyse, descobri que ela havia posto créditos no celular pouco antes de eu mandar a mensagem! Se ela não tivesse feito isso, não teria como avisar a Luana a tempo de dar tudo certo...
Destino.
Ou como a própria Luana define: acaso.
Mas prefiro Destino mesmo.
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