Sábado, dia 22 de janeiro de 2011. Dia de jogo do Tricolor do Morumbi no Morumbi. Mas o evento mais importante do dia era o aniversário do Rogério [M1TO] Ceni. 38 anos de pura dedicação e amor ao clube mais importante do país. Era o Natal Tricolor, data de nascimento de um ídolo que deu tantos e tantos títulos à nação são-paulina. Me sinto até envergonhado de dizer que nunca havia pisado no Estádio do Morumbi. Mas como pra tudo na vida existe uma primeira vez, por que não ir justamente no aniversário do M1to?
Dias antes havia convidado o Gabriel para ir comigo. Não chamei o Eliezer por motivos óbvios: ele é corinthiano roxo. Mas surpreendentemente ele quis ir conosco. Pelo amor ao futebol, segundo ele.
(Bem, caro leitor, se você não tem amigos tão fiéis assim, azar o seu).
Após muitos impasses e imprevistos quanto a pesquisar na internet linhas de ônibus que passam pelo Morumbi e como falsificar um atestado escolar (hehe), marcamos de nos encontrar na Praça das Figueiras às 17h (o jogo começava às 19h30). Bem, o Eliezer só apareceu lá às 18h (pontualidade britânica). E nada do Gabriel aparecer também. Então fomos em direção à casa dele. No caminho, recebi ligação dele dizendo que já estava subindo e que achou que íamos passar na casa dele. Porra ¬¬ Ele até contou que ficou sentado no banho durante 15 minutos. (arrombado do caralho, nem estávamos atrasados a essa altura).
Mas seguindo a lógica da Infinita Highway, partimos. E avistamos nosso ônibus que ia nos levar até a estação de São Caetano passar por nossos olhos. Bem, era hora de correr! Corremos feito loucos até o ponto, mas o ônibus fugiu de nós. Daí gritei: CORRE, QUE TEM FAROL LÁ NA FRENTE! E corremos, corremos, corremos. E conseguimos pegar o ônibus no farol. [Fuck Yeah!]
Tá certo que eu omiti alguns detalhes dessa corrida como eu correr com as mãos no bolso para meus pertences não caírem e tals. Cena bizarra que não vem ao caso.
Sempre estávamos correndo pra ganhar alguns minutos. Correndo na baldeação do Brás, correndo pra sair da estação Clínicas. E demos muita sorte nisso tudo. Como diria Alexandre, o Grande: 'a sorte favorece os audazes'. E ela nos favoreceu pois pegávamos os transportes bem em cima deles irem embora mesmo. Demos até a sorte de encontrar um casal de são-paulinos que estavam indo para o jogo também dentro do ônibus. Assim, descemos no ponto certo. Tudo bem que eu fiquei com vergonha de perguntar pro cara se ele ia pro jogo e, se não fosse o Eliezer, iríamos para a terra do nunca junto com o resto do ônibus. Mas trabalho em grupo serve pra isso.
No caminho até a bilheteria, um cambista chato. (“Já tenho ingresso, brother, falou.”)
Na hora de comprar os ingressos a tiazinha da bilheteria ficou de brinks pra vender as meias-entradas. Mas conseguimos.
Minha emoção ao adentrar, pela primeira vez, no terreno sagrado tricolor só não foi maior por causa do forte esquema de segurança. Chato mas necessário, fazer o quê.
Quando nos ajeitamos na arquibancada o jogo já estava ao final do 1º tempo. 0 a 0.
No intervalo, fizemos uma vaquinha tripla e compramos um super Box Ragazzo. 6 conto. O grande box era na verdade uma caixinha com míseros e pequeninos 4 salgados. CAPITALISTAS FILHOS DA PUTA! Mas deu pra enganar o estômago.
O jogo em si foi pragmático. Rogério, em pleno aniversário, fez várias cagadas, saiu correndo atrás do atacante e falhou na hora do gol da Ponte Preta. Após muitos palavrões, fotos, encheções de saco do Eliezer (lembre-se, ele era um corinthiano infiltrado ali), fim de jogo no Morumbi. 1 a 0 pra Ponte Preta. O São Paulo, que estava invicto na temporada até então, perderá justamente na minha primeira ida ao estádio. É de foder o cu do palhaço mesmo. Ainda tive de ouvir o Gabriel (que não torce pra nenhum time mas gosta de futebol) e o Eliezer cantando o hino do São Paulo ironicamente após a derrota. FDP's ¬¬ . Irei me vingar ainda.
Na hora de ir embora ficamos moscando pelo estádio e até fui ameaçado pela polícia porque a torcida da Ponte iria passar bem onde eu estava. E eu lá, paquitão com a camisa do São Paulo moscando na calçada. O policial estava certo. Esperamos em uma esquina a torcida da Ponte ir embora. Enquanto isso um vendedor sagaz nos vendia cerveja e refrigerante. E uma são-paulina loira e bonita nos agradava aos olhos. Depois que os torcedores da Macaca foram embora, fomos até o ponto de ônibus. A loira também. E tadinha da loira, pois apareceram vários caras da Independente pra dar ideia nela. Depois ficamos debatendo se ela queria ou não isso, se ela queria dar pra 11 caras ao mesmo tempo realmente. De qualquer forma, deixamos a loira pra lá com os machos dela e fomos procurar informações de como voltar pra casa.
Na volta, que demorou um bocado, debatemos sobre alienação, política e esses papo brisa de quem não tem mais nada o que fazer na hora.
Já no Brás uma garota, que parecia uma puta, nos pediu dinheiro. Pensei: 'sai daqui, puta'. E ela desistiu de pedir dinheiro pra gente.
Já em São Caetano, compramos umas esfihas marotas no Habib's e ficamos conversando sobre nossos traumas com as mulheres. Os meus, principalmente.
Aliás, uma hora o tema era 'traumas amorosos até a 4ª série'. Hahaha
Muito legal, mas depressivo também.
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