quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Dia especial.

Deyse.
Algo como o "olho-do-dia".
Algo como margaridas que se abrem para a eternidade, talvez.

Dizem que as pessoas mais legais nascidas em 1992 nasceram em um dia 26. Sou a prova viva de que isso é verdade.

E nesse dia 26 de janeiro do último ano que os maias nos deram de vida lá estava eu na ufabc resolvendo umas pendências. Caminhando comigo apenas a garoa fria e as lembranças de um passado recente. Mas nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia.

Ora essas, a moça de cabelos mais negros que a noite não tinha nenhuma essência artística que me cativasse (e mesmo assim me cativava). Nunca deixou de estar ao meu lado. Nunca mesmo. Talvez essa serenidade ao longo da linha do tempo que seja a própria essência artística que eu tanto tentei encontrar na moça que é apaixonada pelo frio e por meias luzes.

Talvez.

Talvez isso explique o meu leve desespero quando essa serenidade passou a ser ameaçada pelo próprio avançar da linha do tempo. Talvez isso explique porque tenho a doce sensação de que esta é minha última carta (dizem que devemos viver cada momento como se fosse o último, né). Pelo menos isso eu estou fazendo certo agora.

Talvez essa distância que a linha do tempo nos trouxe não a faça mais desmoronar por dentro. Não irá mais me ver, uma ou duas vezes por semana, para dizer “oi, tudo bem?” ou ganhar um abraço. Se há um lado bom na tristeza, ele também deve se abrir para a eternidade.

Pena que não seja tão simples assim pra mim.

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