Algum dia de 2007.
Era dia de entregar um trabalho de biologia. Meu grupo não tinha feito nada, claro. Estávamos fudidos. Porém, ainda havia uma esperança. O trabalho era digamos ‘bem livre’, então, poderíamos apresentar cartazes, maquetes e afins. E por que não compor uma música? Não tínhamos outra opção mesmo. Foi minha primeira experiência como compositor. E no meu grupo estava o inesquecível grunge Guilherme Pinto, que era repetente e iria repetir naquele ano também. O resto do grupo era formado pelo Marcos e pelo Augusto, se não me engano.
A letra composta foi essa a seguir, cantada no melhor estilo rap:
Te apresento a um amigo
Chamado carboidrato
Toda comida tem
E nos deixa mais bombado
O carboidrato
É apenas apelido
Batata e pão
Tem bastante amido
O amido é muito grande
O organismo vai quebrar
Quebrando em várias partes
Glicose vai virar
Professora Érika
Biologia, gente fina
Depois do fim do rap
Ela vai dizer se gostou ou não
Da nossa rima
E vamô dizer aos manos
Que ninguém aqui é idiota
Porque estamos todos juntos
Aqui, no 1º J!
Açúcar é União
Carboidrato tá no pão
Celulose no papel
Glicose tá no mel
E vamô seguir em frente
Afetando a sua mente
Não somos repetente
E daí...
O nosso rap é consciente!
E vamô fazê mais uma rima
Em homenagem ao Alcina
A melhor escola
E as melhor mina!
A profª Érika gostou muito do nosso trabalho e tiramos uma nota tão boa quanto os demais nerds da sala. Depois disso fiquei conhecido como o Chico Buarque do rap na escola (ok, acabei de inventar isso agora).
HAHAHAHAHAHA Eu te amo Rond.
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