Primeiro, falamos com alguns professores. Seguindo a recomendação do profº Eduardo, escrevi uma carta para a nova diretora, Márcia Gallo.
Surpreendentemente, a proposta foi bem aceita e a diretora contratou um profissional da área para conduzir o projeto (claro que já estamos nos referindo ao ilustríssimo Fabio Toro).
Estávamos felicíssimos com o andamento da coisa, o teatro alcinense já era como se fosse um filho nosso a essa altura. Convidamos nossos amigos e colegas.
Acontece que pouco a pouco tais amigos foram desistindo e foi aí que aconteceu o que eu mais temia: a Lígia sair. A partir desse momento prossegui minha jornada como pai solteiro.
Chegou até o momento em que só havia eu do 3º ano no teatro alcinense.
Mesmo sem amigos, eu não iria desistir. O projeto Morte e Vida Severina já estava encaminhado e eu precisava daquilo pra me reafirmar como pessoa.
Como meu cabelo sempre foi ruim, nem emo eu poderia ser. Então, fui obrigado a fazer novos amigos.
A peça foi difícil demais de fazer, mas valeu a pena. O teatro alcinense chutara bundas em seu 1ª ano da nova era (já houve falecidos grupos de teatro no Alcina).
Mesmo não querendo, era o fim pra mim. Iria pra faculdade e tudo ficaria guardado na memória. Mas eis que o Fabio Toro surge das trevas com o convite pra eu continuar no teatro. Até falei pra ele: 'vai ser estranho aparecer lá com naipe de ex-aluno'. Por quase milagre, eu poderia participar se fosse às quintas-feiras.
Como meu sentimento ainda não estava plenamente realizado, e ainda sentia que meu “filho” ainda não sabia andar sozinho, resolvi ficar mais um ano.
Com uma proposta desse ano mais voltada pra comédia, eu creio que muita gente se re-conheceu no teatro (no sentido de conhecer de novo mesmo). E como foi interessante essa sensação.
Além de tudo, eu pude conhecer pessoas novas e fundamentais dali em diante.
Na turma todos se abraçavam e se amavam (salvo pequenas exceções, hehe). Foi até difícil conciliar toda essa energia com a frieza do pessoal na faculdade. Mas não trocaria esses momentos por nada!
Eu até poderia citar mais exemplos, mas aí ficaria chato pra quem está lendo. (Parabéns, champs, se você chegou até aqui, você é um vencedor).
Estava tudo perfeito. Mas como já dizem há muito tempo: "o ódio é o sentimento mais próximo do amor." E houve momentos tristes, momentos de crise. Mas nossa união era maior que tudo aquilo e no final tudo iria dar certo.
Infelizmente (ou não), Os Sete Pecados foram por água abaixo e tivemos de improvisar uma apresentação (literalmente).
Mesmo com algumas pessoas que se omitiram, deu tudo certo nesse dia. Até agradeço a oportunidade que me deram de participar ao adiarem a apresentação para às 21h (ninguém pagou meu táxi, mas tudo bem).
É bem possível que o Fabio Toro não continue sendo professor do teatro mas, pela primeira vez, eu sinto que o próprio teatro consegue andar por si próprio. Meu objetivo está concretizado. Sei que os remanescentes darão continuidade e esse é um último pedido que eu faço para quem continuará: Não deixem o teatro morrer novamente.
Até os agitos na comunidade do orkut, que só começaram esse ano, foram especiais e divertidos, espero.
Por fim, gostaria de agradecer a todos mesmo. A todos vocês que realmente me fizeram acreditar que aqui batia um coração e que a vida realmente vale a pena.
Eu até tenho medo de usar esse verbo, mas creio que não seria em vão nesse momento:
Amo vocês.
E muito obrigado por tudo.
http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=92646381&tid=5554372902591735691&start=1
http://www.fotolog.com.br/mi_asnice/99349696
http://isabella-alvarez.tumblr.com/post/2168776736/teatro-meu-mundo-meu-sonho-minha-paixao
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